Oxalá

Oxalá, Orixalá, Orixaguinã, Gunocô ou Obatalá é o nome de uma divindade africana que é ligada a criação, tanto do mundo quanto dos seres. Ele pode se apresentar de duas formas: uma como jovem (Oxaguiã) ou então como um velho (Oxalufã).

Os símbolos que cada um carrega são: uma espada conhecida como idá, escudo e mão de pilão (para Oxaguiã) e um cajado de metal chamado de opaxorô para Oxalufã. Oxalá é um orixá de grande respeito, uma vez que ele é a maior divindade africana.

Nesse ínterim, a ele pertencem os olhos que veem tudo. Oxalá é ainda a paz, a qual deve reinar entre todos os povos e ele a transmite aos que lhe pedem algum tipo de auxílio.

Oxalá
Oxalá

Lenda de Oxalá

Existem várias lendas bonitas que demonstram a importância de Oxalá na cultura africana. Uma delas diz respeito à forma como que Ele se tornou o Pai da Criação. De acordo com a mitologia africana, Iemanjá, a filha de Olokum, foi designada a ser a mãe dos orixás por Olorum.

Como ela possuía uma beleza notável, todos desejavam se casar com ela. Sendo assim, Olokum resolveu perguntar a Orunmilá com qual pretendente sua filha deveria se casar. Orunmilá, por sua vez, disse que ele deveria pegar um cajado de madeira e dar a cada um dos pretendentes.

Além disso, eles deveriam passar a noite dormindo sobre uma pedra e segurando o cajado de forma que garantisse que ninguém pudesse pegá-lo. Assim que amanhecesse, aquele que estivesse com o cajado florido seria, portanto, o escolhido por Orunmilá para ser o marido de Iemanjá.

Deste modo, todos os pretendentes cumpriram com as regras e no dia seguinte, o sortudo foi Oxalá que teve o seu cajado coberto com flores brancas. Nesse ínterim, ele logo se tornou o pai dos orixás.

Veja também informações sobre Oxumaré.

Qualidades de Oxalá

Os caminhos conhecidos de Oxalá são 13 ao todo, a saber:

  • Ajagemo – Aquele que em sua festa anual combate Oluniwi, mas este sai vencedor;
  • Akire – Combate o mal e não aceita o desrespeito;
  • Alase ou Olúrobo – É o senhor da chuva;
  • Etéko – Vive nas matas e caminha com Oxaguiã;
  • Etéko Obá Dugbe – Defensor dos fracos, ele caminha com Orixalá;
  • Lejube – Medita muito e caminha com Xangô Avrá;
  • Obatalá – Conhecido como o Rei Branco é o senhor de todos os Oxalás.
  • Okó – Senhor da fertilidade da terra e da colheita do inhame. É considerado um orixá raro;
  • Olofon Ajigúna Koari – Conhecido como Oxalufan. Possui um grito forte;
  • Orinxalá – Conhecido como Obatalá. Marido de Yemonjá;
  • Oxalufã – Traz grande sabedoria e gosta de usar vestes brancas;
  • Oxoguiã (Oxaguian) – É um jovem guerreiro. Adora oferendas com inhames;
  • Ogiyan Ewúlee Jiigbo – É o senhor de Ejigbô.

Na Umbanda

Oxalá é uma divindade africana respeitada e cultuada tanto na Umbanda quanto no Candomblé. É geralmente sincretizado na Igreja Católica como Jesus Cristo no Rio de Janeiro, e Senhor do Bonfim na Bahia.

Oferendas para Oxalá

Um dos preparos que mais agradam a Oxalá é conhecido como Ebó, que nada mais do que a sua comida que é feita a base de canjica. Para prepara-la é só separar os seguintes ingredientes:

Ingredientes

  • 500 gramas de canjica branca
  • 01 cacho de uva Itália (uva branca)
  • Azeite de Oliva.

Modo de Preparo

Escolha bem os grãos e os lave bem. Cozinhe a canjica e tenha bastante atenção para não deixa-la grudar no fundo. Depois é só colocar em uma tigela branca e temperar com azeite de oliva. Acrescente também um pouco de mel e açúcar e, por fim, enfeite com o cacho de uva.

Ao fazer o oferecimento a Oxalá, procure colocar o Ebó em um lugar limpo que fique acima de sua cabeça. Ao lado da comida, acenda uma vela branca de 7 dias.

Filhos de Oxalá

Os filhos de Oxalufá geralmente são frágeis, delicados e até friorentos. Porém, possuem grande força moral; são fieis tanto no amor quanto na amizade.

Já os filhos de Oxaguiã são geralmente teimosos e individualistas. Cultivam o amor livre, são alegres, brincalhões e não perdoam injustiça. São idealistas, orgulhosos e possuem pensamentos originais, que em grande parte antecipam aqueles próprios de sua época.

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Dona Lúcia, nascida em uma cidade do interior, é uma devota apaixonada que escreve sobre santos e orações. Sua fé inabalável e sabedoria acumulada ao longo dos anos inspiram aqueles que buscam conforto e orientação espiritual em suas palavras.

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